segunda-feira, 27 de maio de 2013

Dr. João - Personagem da História

Tão certo quanto o nascer e o pôr do Sol a cada dia é a garantia de que um dia partiremos deixando para trás nossos amigos e entes queridos.

Todos nós somos o personagem principal de nossa própria existência e vida. A despeito das derrotas e vitórias, das idas e vindas continuaremos sempre a protagonizar nossa história.
Porém, poucos são aqueles que ao “partir” deixam de fato um legado a ser preservado. E são justamente esses personagens que ao partir, tornam sua perda quase irreparável.

Digo quase irreparável porque para os que ficam sempre haverá a esperança de habituar-se a essa perda ou que ela seja amenizada com o tempo. Também temos a esperança que entre a luta do dia a dia e os momentos de vitória possamos nos deparar com novos personagens dispostos a preencher a perda daqueles que partiram. Assim sendo, a partida do Dr João Monteiro é uma dessas perdas quase irreparáveis e que levará tempo para ser assimilada.

Afinal, Dr. João representou muito para Poços de Caldas e o Partido dos Trabalhadores. Representou exemplo como profissional, sendo um jurista respeitado e admirado por todos os seus pares. Ou pelo que representou enquanto presidente do Partido dos Trabalhadores num dos seus momentos mais delicados e atribulados. Pelo que representou enquanto homem de princípios, ética e moral ilibadas. Pelo que representou enquanto amigo cheio de lealdade, solidariedade e humanismo. Pelo que representou enquanto conselheiro judicioso que não furtava em nos falar com franqueza olhando-nos nos olhos. Pelo que representou enquanto político democrático, coerente com seus ideais e transparente nas suas ações.

Tudo isso é ainda muito pouco para descrever o que representou, e continuará a representar, Dr. João Monteiro.

Mais, nós, do Partido dos Trabalhadores, carregaremos conosco a convicção que Dr. João nos deixa para entrar para a História devido o seu insofismável legado. Qual legado? Além dos predicados já citados o legado de ter se empenhado na luta pela reconstrução do Partido dos Trabalhadores de Poços moldando-o para a vitória de outubro último. Ainda levaremos um certo tempo, e não dá para saber quanto tempo ao certo, para encontrarmos, se encontrarmos, outro personagem com a capacidade que o Dr João demonstrou ao conduzir o partido tendo sempre em mente a unidade e a teimosia em lançar candidato próprio.

Por falar em candidato próprio, recordo-me do discurso emocionado do Eloísio quando do lançamento de sua candidatura falando sobre a forma como vê a política: “o meio para trazer felicidade para as pessoas”. E tenho certeza que era isso também o que o Dr João acreditava, na política como meio para trazer justiça e em última instância a felicidade. E o Dr João lutou por isso. Lutou pelo ideal de justiça e felicidade. Lutou para que pudéssemos nos ver livres das amarras que nos prendiam a uma forma demagoga e autoritária de se fazer política em Poços.

Pena que Dr. João partiu num momento em que, embora estejamos confiantes de que faremos um governo responsável, popular e democrático, também temos ciência que a tarefa que temos pela frente é mais uma vez árdua e cheia de percalços. Com certeza sentiremos de forma intraduzível a falta de Dr. João. Todavia sua força, sua coragem, sua perseverança, sua vontade de vencer, seu caráter impoluto e a fé em um ideal serão guardados em nossa memória a fim de nos dar exemplo, seja diante dos sinais de tormenta, seja nos momentos de triunfo.

Para encerrar deixo uma frase de Franz Kafka que muito me faz lembrar de amigo tão  leal, humano e solidário:


A solidariedade é o sentimento que melhor expressa o respeito pela dignidade humana.”

domingo, 26 de maio de 2013

Hungria destrói todas as plantações da Monsanto

Via Revista Fórum

De acordo com o o secretário de estado húngaro e Ministro do Desenvolvimento Rural Lajos Bognar, ao contrário de muitos países europeus (como Portugal) a Hungria é uma nação onde as sementes geneticamente modificadas estão banidas e proibidas, tomando uma posição semelhante ao Peru que instituiu uma lei que bane e proibe as sementes e alimentos geneticamente modificados por pelo menos 10 anos.
Os quase 500 hectares de milho destruídos estavam espalhados pelo território húngaro e haviam sido plantados há pouco tempo, explica o Ministro Lajos Bognar, o que quer dizer que o pólen venenoso do milho ainda não estava a ser dispersado.
Ao contrário dos membros da União Europeia, a Hungria baniu todas as sementes OGM. As buscas continuam pois como disse Bognar os produtores são obrigados a certificarem-se que as sementes que usam não são geneticamente modificadas. Durante a investigação os fiscais descobriram que a Monsanto havia injectado produtos da Pioneer Monsanto entre as sementes a plantar, possivelmente com o intuito de disseminar aquela cultura.
O movimento de livre trânsito de produtos dentro dos estados da União Europeia impede que as autoridades investiguem como estas sementes chegaram à Hungria, mas doravante irão certificar-se da validade das culturas em solo húngaro, assegurou o ministro. Uma rádio regional revelou que as duas maiores produtoras de sementes geneticamente modificadas foram afectadas com este acto mas que existem milhares de hectares nestas condições.
Os agricultores defenderam-se com a ideia de que não sabiam tratar-se de sementes OGM. Com a estação já a meio, é tarde demais para plantarem novas sementes por isso a colheita deste ano foi completamente perdida. E para piorar o cenário aos agricultores, a companhia que distribuiu estas sementes no condado de Baranya abriu falência o que impede que recebam compensação.

Música de Domingo - Caso Sério (Ed Motta)