Tão certo quanto o
nascer e o pôr do Sol a cada dia é a garantia de que um dia
partiremos deixando para trás nossos amigos e entes queridos.
Todos nós somos o
personagem principal de nossa própria existência e vida. A despeito
das derrotas e vitórias, das idas e vindas continuaremos sempre a
protagonizar nossa história.
Porém, poucos são
aqueles que ao “partir” deixam de fato um legado a ser
preservado. E são justamente esses personagens que ao partir,
tornam sua perda quase irreparável.
Digo quase
irreparável porque para os que ficam sempre haverá a esperança de
habituar-se a essa perda ou que ela seja amenizada com o tempo.
Também temos a esperança que entre a luta do dia a dia e os
momentos de vitória possamos nos deparar com novos personagens
dispostos a preencher a perda daqueles que partiram. Assim sendo, a
partida do Dr João Monteiro é uma dessas perdas quase irreparáveis
e que levará tempo para ser assimilada.
Afinal, Dr. João
representou muito para Poços de Caldas e o Partido dos
Trabalhadores. Representou exemplo como profissional, sendo um
jurista respeitado e admirado por todos os seus pares. Ou pelo que
representou enquanto presidente do Partido dos Trabalhadores num dos
seus momentos mais delicados e atribulados. Pelo que representou
enquanto homem de princípios, ética e moral ilibadas. Pelo que
representou enquanto amigo cheio de lealdade, solidariedade e
humanismo. Pelo que representou enquanto conselheiro judicioso que
não furtava em nos falar com franqueza olhando-nos nos olhos. Pelo
que representou enquanto político democrático, coerente com seus
ideais e transparente nas suas ações.
Tudo isso é ainda
muito pouco para descrever o que representou, e continuará a
representar, Dr. João Monteiro.
Mais, nós, do
Partido dos Trabalhadores, carregaremos conosco a convicção que Dr.
João nos deixa para entrar para a História devido o seu
insofismável legado. Qual legado? Além dos predicados já citados o
legado de ter se empenhado na luta pela reconstrução do Partido dos
Trabalhadores de Poços moldando-o para a vitória de outubro último.
Ainda levaremos um certo tempo, e não dá para saber quanto tempo ao
certo, para encontrarmos, se encontrarmos, outro personagem com a
capacidade que o Dr João demonstrou ao conduzir o partido tendo
sempre em mente a unidade e a teimosia em lançar candidato próprio.
Por falar em
candidato próprio, recordo-me do discurso emocionado do Eloísio
quando do lançamento de sua candidatura falando sobre a forma como
vê a política: “o meio para trazer felicidade para as pessoas”.
E tenho certeza que era isso também o que o Dr João acreditava, na
política como meio para trazer justiça e em última instância a
felicidade. E o Dr João lutou por isso. Lutou pelo ideal de justiça
e felicidade. Lutou para que pudéssemos nos ver livres das amarras
que nos prendiam a uma forma demagoga e autoritária de se fazer
política em Poços.
Pena que Dr. João
partiu num momento em que, embora estejamos confiantes de que faremos
um governo responsável, popular e democrático, também temos
ciência que a tarefa que temos pela frente é mais uma vez árdua e
cheia de percalços. Com certeza sentiremos de forma intraduzível a
falta de Dr. João. Todavia sua força, sua coragem, sua
perseverança, sua vontade de vencer, seu caráter impoluto e a fé
em um ideal serão guardados em nossa memória a fim de nos dar
exemplo, seja diante dos sinais de tormenta, seja nos momentos de
triunfo.
Para encerrar deixo
uma frase de Franz Kafka que muito me faz lembrar de amigo tão leal,
humano e solidário:
“A
solidariedade é o sentimento que melhor expressa o respeito pela
dignidade humana.”
segunda-feira, 27 de maio de 2013
domingo, 26 de maio de 2013
Hungria destrói todas as plantações da Monsanto
Via Revista Fórum
De acordo com o o secretário de estado húngaro e Ministro do Desenvolvimento Rural Lajos Bognar, ao contrário de muitos países europeus (como Portugal) a Hungria é uma nação onde as sementes geneticamente modificadas estão banidas e proibidas, tomando uma posição semelhante ao Peru que instituiu uma lei que bane e proibe as sementes e alimentos geneticamente modificados por pelo menos 10 anos.
Os quase 500 hectares de milho destruídos estavam espalhados pelo território húngaro e haviam sido plantados há pouco tempo, explica o Ministro Lajos Bognar, o que quer dizer que o pólen venenoso do milho ainda não estava a ser dispersado.
Ao contrário dos membros da União Europeia, a Hungria baniu todas as sementes OGM. As buscas continuam pois como disse Bognar os produtores são obrigados a certificarem-se que as sementes que usam não são geneticamente modificadas. Durante a investigação os fiscais descobriram que a Monsanto havia injectado produtos da Pioneer Monsanto entre as sementes a plantar, possivelmente com o intuito de disseminar aquela cultura.
O movimento de livre trânsito de produtos dentro dos estados da União Europeia impede que as autoridades investiguem como estas sementes chegaram à Hungria, mas doravante irão certificar-se da validade das culturas em solo húngaro, assegurou o ministro. Uma rádio regional revelou que as duas maiores produtoras de sementes geneticamente modificadas foram afectadas com este acto mas que existem milhares de hectares nestas condições.
Os agricultores defenderam-se com a ideia de que não sabiam tratar-se de sementes OGM. Com a estação já a meio, é tarde demais para plantarem novas sementes por isso a colheita deste ano foi completamente perdida. E para piorar o cenário aos agricultores, a companhia que distribuiu estas sementes no condado de Baranya abriu falência o que impede que recebam compensação.
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