domingo, 3 de junho de 2012

Especialidade de nossa mídia oligopolizada: atacar a América Latina e se desmoralizar


A mídia oligopolizada brasileira não perde uma boa oportunidade de desmoralizar a si própria. Depois de tanta asneira sobre o câncer de Dilma, agora "nossa" imprensa faz análises sobre o câncer do presidente venezuelano Hugo Chávez afirmando que este é uma espécie de zumbi, pois estaria tomando um determinado medicamento cem vezes mais forte que a morfina.

Numa reportagem porca e cheia de segundas intenções – na verdade só há uma única intenção, de tão clara que está – , não se dando ao trabalho de sequer ouvir algum médico sobre a eficácia de tal medicamento, o O Globo praticamente decreta que Chávez não tem condições físicas de se reeleger.

O Globo  estampa a manchete  “Hugo Chávez estaria tomando remédio cem vezes mais forte que morfina”, mas omite que o medicamento fentanil é de fato cem vezes mais eficiente que a morfina, porém, é tomado em dosagens cem vezes menor.

Impressionante como os principais veículos de comunicação do Brasil são na verdade panfletos de seus próprios interesses não se preocupando em ser desmoralizados com meia dúzia de argumentos razoáveis.

Uma mídia entreguista que por motivos ideológicos sente ojeriza a tudo o que é ligado a América Latina. Pra essa mídia o importante é sempre dar razão as elites locais. Foi assim no golpe de Estado dado pelos gorilas fardados hondurenhos em 2009. É assim sempre que a elite boliviana aventa a hipótese de secessão em retaliação a Evo Maorales. É assim quando Cristina Kirchner propõe qualquer medida mais ousada que não siga a cartilha neoliberal. Sempre foi assim contra Cuba. Cuba nunca tem razão em nada. Tem sido assim em relação a Chávez desde que este democraticamente assumiu o poder em 1999.

Pra quem tiver estômago a reportagem está aqui.

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