Porém (ah, sempre há esse bendito, ou maldito, porém) até o momento não surgiram provas realmente cabais sobre a existência de fato de um esquema nos moldes do chamado “mensalão”, e duvido que tenho existido esquema nesse molde.
Não pretendo entrar a fundo na questão, mas o que vimos, e pra mim está claro, foi um julgamento político típico de estado de exceção (ditadura) presidido pela mais alta corte do País, o Supremo Tribunal Federal.
Por isso, venho aqui dar minha sincera solidariedade a uma das figuras mais importantes da História recente do Brasil.
Um homem que lutou contra a Ditadura Militar sendo por essa razão perseguido, preso, torturado e depois deportado do país em troca da libertação do embaixador estadunidense Charles Burke Elbrick.
Um homem que viveu no exílio e depois na clandestinidade dentro do próprio Brasil.
Um homem que com a Anistia (1979) retornou a vida “normal” e ajudou a fundar o maior partido de esquerda da América Latina.
Um homem que participou das lutas pela redemocratização, da campanha das Diretas Já, da Constituição de 1988 (ainda que de forma indireta, pois nesse período era deputado estadual por São Paulo), do Fora Collor.
Um homem que foi uma das referências contra o governo FHC e o neoliberalismo dos anos 1990.
Um homem que foi fundamental para a chegada do PT ao governo federal em 2002.
Um homem que agora, em pleno 2013, poderá ser condenado a prisão num julgamento cujo o desfecho todos já conheciam.
Um homem que foi condenado num julgamento inegavelmente influenciado pelo oligopólio da mídia conservadora e entreguista.
Por tudo isso, ratifico, sou solidário ao futuro “preso político” Zé Dirceu!
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