Nesta semana excepcionalmente não haverá a "Música de Domingo".
Quando a miséria humana chega a níveis tão baixos que além de nos deixar perplexos, ainda nos conduz ao estado de choque, nojo e horror, apenas o silêncio pode exprimir a dor.
Pensei após a "Tragédia de Realengo" em buscar alguma tentativa de entender o inexplicável em meus pensadores favoritos (Friedrich Nietzche, Paulo Freire, Bertrand Russel, Max Weber, Karl Marx, Michel Foucault, Albert Camus...), mas preferi buscar o consolo solitário, ou reclusão, nos versos de Chico Buarque e Gilberto Gil:
Como é difícil
Acordar calado
Se na calada da noite
Eu me dano
Quero lançar
Um grito desumano
Que é uma maneira
De ser escutado
Esse silêncio todo
Me atordoa
Atordoado
Eu permaneço atento
(Cálice)
Um comentário:
Muito bom, Hudson!!!
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