sábado, 2 de abril de 2011

Minas Sem Censura

Algumas iniciativas por mais democráticas e republicanas que possam ser não merecem menção nas linhas da mídia oligopolizada mineira. Minas de fato nunca teve, salvo raras e boníssimas exceções, uma mídia imparcial, independente e livre. A imprensa mineira tem como característica marcante o "alinhamento" imediato com o governo de plantão.

No entanto nos últimos oito anos a mídia oligopolizada mineira não apenas se alinhou à truculência e autoritarismo do governo Aécio Neves e seu boneco de ventríloquo, Antonio Anastasia, como, antes, se tornou apêndice da imprensa oficial do Palácio da (sic) Liberdade.

Um exemplo explícito desse "oficialismo" é a total inexistência de qualquer menção por parte da mídia mineira ao Bloco Minas Sem Censura.

O Minas Sem Censura surgiu no início da atual legislatura da Assembleia estadual formado por parlamentares do PT, PMDB, PC do B e PRB, tendo como objetivo realizar o papel que as urnas delegaram a oposição. Ou seja, construir um movimento de oposição propositiva ao governador Antonio Anastasia e em defesa dum Estado mais democrático e transparente em suas atitudes, coisa com a qual nem o boneco e nem o ventríloquo estão acostumados (prova cabal disto é o paroxismo autoritário das Leis Delegadas).

De qualquer modo, diferentemente dos últimos anos quando a oposição mineira esteve na chuva sem pai nem mãe, dessa vez um bloco coeso começa a se formar. Até mesmo porque o PT nacional parece ter entendido que a política de boa vizinhança com Aécio Neves se mostrou extremamente vantajosa para o neto de Tancredo e desastrosa para o PT. Afinal Aécio e c&a se apropriaram de forma indevida de várias ações realizadas pelo governo federal em Minas e tomaram a prefeitura de BH, atitudes que, além de causar grande mal-estar entre os aliados de Lula/Dilma, acabaram por minar o discurso daqueles que teimam em ser oposição nessas serras. Por outro lado Aécio deverá ser, seja por articulação do próprio seja por pura falta de melhor opção da sacrossanta aliança PSDB/DEMO/PPS, protagonista da oposição farisaica ao governo central nos próximos anos.

No mais, espero que o espaço que os grandes veículos de comunicação negam à oposição mineira possa ser conquistado em dobro na mídia alternativa, pois é impensável haver democracia num governo aclamado por unanimidade (democracia é dentre outras coisas o exercício do contraditório) e desejo um bom trabalho e muita disposição ao Minas Sem Censura e ao perseverante líder do bloco, deputado Rogério Correia.

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