segunda-feira, 21 de junho de 2010

O “Picolé de Chuchu” e “Príncipe do Atraso” que se cuide

Geraldo Alckmin que se cuide. Mesmo estando muito bem colocado nas pesquisas sobre intenção de voto, o ex-governador, alcunhado por uns por Picolé de Chuchu e por outros de Príncipe do Atraso - Alckmin no minha opinião personifica o que há de mais atrasado e arcaico na política nacional, talvez o único concorrente de peso seja a família Sarney -, creio que deverá disputar uma eleição apertada.

Creio nisso por duas razões. A primeira, por mais que o PT teime em não dar a cabeça de chapa a Eduardo Suplicy, o partido ainda conta com um nicho nada desprezível do eleitorado paulista e Mercadante embora tenha tido a imagem um tanto riscado nesses últimos oito anos em que foi senador por sempre baixar a cabeça para o presidente Lula, por outro lado não esteve envolvido naquilo que o Partido do Capital (a mídia) e a oposição farisaica chamaram de “mensalão”. Mercadante talvez não tenha fôlego para vencer o Príncipe do Atraso sozinho – não por propriamente por Alckmin ou o que ele representa, mas mais pela força do PSDB e da máquina governamental do estado –, mas com a candidatura de Dilma crescendo e solapando à de José Serra no cenário nacional, não é de se descartar a possibilidade que isso acabe contagiando, de alguma forma, a disputa pelo Palácio dos Bandeirantes.

A segunda razão reside no fato de o PP de Paulo Maluf lançar candidato próprio ao governo paulista e este candidato ser o deputado federal Celso Russomano. Se Alckmin representa o atraso e o arcaico, Russomano não está muito longe disso, com o agravante de ser demagogo e populista. Russomano reúne condições de se oferecer àqueles típicos eleitores da direita paulista – que já teve como heróis Adhemar de Barros, Jânio Quadros, Paulo Maluf e nos últimos anos se aproximou do PSDB – como herdeiro dessa tradição. Mais, o deputado federal já em quarto mandato e o mais votado no estado em 2006, é um homem de televisão e possui enorme facilidade de interpretação em frente às câmeras. Um concorrente e tanto que buscará votos em segmentos muito próximos ao do Príncipe do Atraso, só que, com a vantagem de ser comunicativo e carismático, enquanto Alckmin é comparado até por seus correligionários a um picolé de chuchu.

Um eventual segundo turno entre Alckmin e Mercadante pode ser muito mais complicado do que muita gente imagina.

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