"Alea
jacta est". Expressão em latim que significa “a sorte está lançada” define bem o
sentimento dos seis candidatos a prefeito de Poços de Caldas nesse 2012.
Na
história recente de Poços não houve outra eleição municipal com as principais
forças políticas tão divididas. O grupo dos caciques formado em 1996 com o
objetivo de evitar a chegada do PT ao poder se vê rachado e o responsável por
esse racha é o trunfo que este mesmo grupo teve em 2004 para retomar o poder perdido
para o PT quatro anos antes.
O arco de alianças que elegeu Sebastião Navarro em 2004 e Paulinho Courominas em 2008 se dividiu em dois grupos: de um lado os partidários de Courominas (PPS) – o antigo trunfo – e que formaram um novo e eclético arco de alianças trazendo antigos adversários como o PMDB e o PCdoB. Do outro os partidários do deputado federal Geraldo Thadeu (PSD) que contam com o apoio dos outros dois principais caciques da política local, o deputado estadual Carlos Mosconi (PSDB) e o ex-prefeito Sebastião Navarro (DEM).
O arco de alianças que elegeu Sebastião Navarro em 2004 e Paulinho Courominas em 2008 se dividiu em dois grupos: de um lado os partidários de Courominas (PPS) – o antigo trunfo – e que formaram um novo e eclético arco de alianças trazendo antigos adversários como o PMDB e o PCdoB. Do outro os partidários do deputado federal Geraldo Thadeu (PSD) que contam com o apoio dos outros dois principais caciques da política local, o deputado estadual Carlos Mosconi (PSDB) e o ex-prefeito Sebastião Navarro (DEM).
Aqui vale
resaltar que o grupo dos caciques – Geraldo, Navarro e Mosconi – embora pareça unido e coeso passou por vários
sobressaltos, inclusive com o deputado Geraldo Thadeu tentando de várias formas
se aproximar do PT – mesmo com este afirmando e reafirmando que teria
candidatura própria – e criando uma
indefinição sobre quem de fato o apoiaria até quinta-feira passada, prazo final
para a inscrição das candidaturas na Justiça Eleitoral.
O
interessante no caso desses dois grupos, o dos caciques e o de Courominas, agora opositores e adversários no pleito de outubro próximo, é que até dezembro passado
todos caminhavam juntos e o rompimento público só veio após Courominas exigir o
apoio integral dos caciques ao seu projeto de reeleição ou a entrega de todos
os cargos que apadrinhados desses mesmos caciques ocupavam na máquina pública
municipal. Um rompimento com ares de fisiologismo generalizado por ambas as
partes.
Outras
quatro candidaturas disputam a preferência do eleitorado e o direito de
governar Poços pelos próximos quatro anos. O vereador no sexto mandato Marcus
Togni (PSB) – remanescente do baixo clero do grupo dos caciques – que já havia
há tempos declarado a disposição de trocar o Legislativo pelo Executivo e para
essa empreitada chegou a trocar de partido – fora eleito pelo PPS – correndo o
risco de perder o mandato por conta da fidelidade partidária, enfim se colocou
como prefeitável.
A quarta
candidatura é a de Rovilson de Lima (PMN). Antigo vereador que agora tenta
retornar ao cenário político local numa candidatura que ao que dizem, terá a
incumbência de fazer forte campanha contra Geraldo Thadeu.
A quinta
candidatura é a de Waldir Inácio (PSOL) que em 2008 surpreendeu ao obter cerca
de 5% dos votos válidos com uma campanha simples e modesta.
A sexta e
a última a ser divulgada dentro do prazo estipulado pela Justiça Eleitoral é a
de Eloisio Lourenço (PT). Odontólogo por profissão e ex-presidente do Conselho
Municipal de Saúde, Eloisio terá a tarefa de marcar sua campanha pelo projeto
de renovação na política local e ao mesmo tempo enaltecer os avanços sociais
pelos quais o Brasil passou na última década após a ascensão do Partido dos Trabalhadores
ao governo federal, demonstrando que Poços lamentavelmente não tem seguido no
mesmo caminho.
A campanha
de Eloisio deverá também mostrar que é possível fazer uma política diferente da
que existe em Poços. Uma política voltada para o cidadão, para as classes mais
humildes, para o desenvolvimento realmente sustentável – aquele que leva em
conta os vetores ambientais, econômicos e sociais. Essa candidatura representa, acima de tudo, uma renovação necessária para a política local, já cansada do mais do
mesmo e de um tipo arcaico e ultrapassado de se fazer política e lidar com a
coisa pública.
3 comentários:
E que realmente diante de arranjos e desarranjos o velho modelo oligarca não prevaleça! Alguns se vendendo, outros surpreendendo. Que o PT faça uma campanha digna como alumas pessoas que lá estão, como você, Hudson, e meu amigo Paulo Calheiros. Abraços!
Cleiton...
Acredito que essa campanha será surpreendente, com alguns mantendo sua identidade e coerência e outros presos ao velho modo poços-caldense de se fazer politica!!!
ei prezado amigo Hudson, bom saber que voce está com um blog politico (quero deixar bem claro que não sou filiado a partido politico algum, mas como jornalista e profissional da Educação emito as minhas opiniões em meu blog de ideias e debates kajanycesargmail.blogspot.com.br, sobre os mais diversos temas). Realmente voce tem razão Alea jacta est, aí me lembro da velha frase, quando a guerra civil assolava Roma, e Caio Julius Caesare (Julio Cesar), cmte. em chefe das Legio~es dos Centuriões em combate na Galia de Vincetorix(hoje França), cruzou o Rubicon rumo a flor do Láscio (Roma), e exclamou VIN VIDE VENCI, assim como já escrevera Nicolo Machiaveli, a Arte da Guerra é a politica executada através de meios radicais, e como podemos observar as "coisas" andam muito "confusas" no mundo todo (algo por exemplo que lembra a crise do " Maio de 68 de Paris", ou o YouthPower, assim a arte da politica e das negociações é este "toma lá dá ca", onde as hegemonias são pensadas e articuladas como já escrevia Antonio Gramshi, ou mais recentemente Focault em seu ordenamento pendular. Assim parabenizo-o pelo lançamento do seu blog. Gosto de trocar idéias com pessoas lucidas e inteligentes, que sabem que a Roda da História não para, e por isso não se pode incorrer em erros do passado, por isso tem a História como parceira, pois a somente através da mesma é aprendemos a não repetir as falhas já detectadas e assim continuar o processo de evolução material/espiritual e epistemológico.
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