domingo, 4 de julho de 2010

10 coisas que o eleitor saber sobre o vice de Serra

Vendido pelo Partido do Capital – a mídia oligopolizada – como relator do “Ficha Limpa”, Indio da Costa, embora tenha apenas 39 anos, já possui uma carreira política marcada por polêmicas e controvérsias. Na vida pessoal namorava a filha do banqueiro Salvatore Cacciola em 1999, por coincidência no mesmo ano em que o banqueiro deu um rombo de 1,6 bilhão de reais aos cofres públicos.

Mas, vejamos mais sobre Indio da Costa, o deputado do DEMO escolhido por Serra como candidato a vice:

1- Em 1997, primeiro ano do seu primeiro mandato como vereador, apresentou projeto de lei para punir os cariocas que dão esmola a pedintes. "Fica proibido esmolar no município, para qualquer fim ou objeto", sentenciava o texto. "Quem doar esmola pagará multa a ser definida." A proposta chegava a chamar a mendicância de "vício". Foi considerada inconstitucional e acabou numa gaveta da Câmara Municipal.

2- Ainda enquanto vereador carioca, tentou proibir o comércio ambulante das ruas, o que varreria da paisagem carioca as figuras tradicionais dos vendedores de mate e biscoito de polvilho.

3- Foi secretário municipal de Administração da Prefeitura do Rio de Janeiro entre 2001 e 2006 com o prefeito César Maia. Na época, Indio da Costa teve seu nome envolvido em suspeitas de fraude na licitação em merendas escolares compradas. Para investigar a denuncia formou-se uma CPI na Câmara Municipal do Rio onde ficou comprovado que o esquema de fraude previa vazamento de informações, que permitia a uma empresa apresentar os menores preços para a compra dos alimentos com valores superfaturados e o processo licitatório contemplava apenas ela na disputa. Ao findar os trabalhos a CPI pediu a responsabilização civil e criminal do ex-secretário de Administração que, de acordo com o relatório da vereadora Andrea Gouvêa Vieira (PSDB), comandou a licitação.

4- Indio defendeu, da tribuma da Câmara dos Deputados, um plebiscito sobre a pena de morte.

5- Intercedeu em favor do Banco Cruzeiro do Sul, de propriedade de seu primo Luís Octávio Indio da Costa, no recredenciamento de contratos junto ao Senado Federal. O banco foi envolvido nas denúncias contra o ex-diretor do Senado João Carlos Zoghbi e por isso acabou descredenciado.

6- Foi sub-relator da CPI dos Cartões Corporativos (a CPI da Tapioca), uma artimanha da direita farisaica com intuito exclusivo de desgastar o governo Lula e que, no final das contas, não chegou a lugar algum.

7- Disse que o governo parecia "beber cachaça" ao financiar tropas no Haiti enquanto o Brasil vivia uma "guerra civil".

8- Votou contra os projetos que visam à exploração do Pré-Sal.

9- Usou a tribuna da Câmara dos Deputados para defender a proibição de coxinhas e pirulitos em cantinas escolares.

10- O Partido do Capital o vende como relator do “Ficha Limpa”. A Lei flerta com o fascismo e autoritarismo tão admirados pela burguesia nacional e recebida como panaceia para nossos males e vícios políticos de uma democracia meramente formal. No entanto nem isso Indio da Costa foi. A redação final do “Ficha Limpa” aprovado na Câmara foi apresentado tendo como relator o deputado José Eduardo Cardozo (PT-SP).

Um comentário:

Blog do Morani disse...

Meu prezado amigo Hudson:

São desde os primeiros passos no mundo político que um cidadão já mostra a sua face trevosa e tendenciosa à corrupção. Vereador: é o primeiro degrau de uma escada longa; todos têm o dever cívico de pautar suas presenças caminhando ombro a ombro e severamente conscientes de seus lugares dentro de uma coletividade ou de uma sociedade que só espera a consciência cívica por parte desses cidadãos. Alguns passam incólumes a um patamar superior na hierarquia política; outros, enveredam por caminhos tortuosos sem demonstrar quaisquer constrangimentos. Ser novo, na idade biológica, deveria ser prova inconteste de uma retidão a toda prova; contudo, nem sempre é assim. É por isso, por esses descalabros, esses abusos, que ao chegarem à Camara e ao Senado, esses indivíduos já se acham corroídos pelos mais abjetos costumes de fraudes, vendas de votos, corrupção ativa ou passiva, o que nos leva, eleitores, a uma verdadeira descrença nesses elementos que têm mando na política, que por si é bela, como quaisquer outras ciências humanas.
Índio da Costa: quisera vê-lo pelas costas. Já há uma corrente familiar viciada a outros seres abjetos de nossa sociedade: Cacciolla e outros que tais.