quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

O QUE É ROCK PROGRESSIVO?

Por Lucas Rafael Chianello, autor dos blogs Além da Grande Mídia e Na Reta Oposta

Duas coisas podem acontecer comigo quando adiciono alguém no MSN: a pessoa recusar meu pedido porque não sabia quem era o "Hamburger Concerto", ou adicionar, não saber quem é e na hora de eu me identificar, perguntar: mas por que esse apelido?

Mais uma vez citando o Flavio Gomes (e ainda vou citar muito ele aqui, da mesma forma que quando falo de futebol e política não paro de citar o João Saldanha), o que somos nós senão crianças evoluídas? Pois bem, quando fiz o meu MSN, não sabia qual apelido colocar, porque todo mundo sempre coloca um, ou o nome mais curto, ou um apelido dado pelos amigos ou até mesmo uma frasesinha boba de impacto, em inglês.
Lá estava eu fazendo meu MSN e não sabia qual apelido colocar, quando então me veio à cabeça que eu gosto de rock progressivo e que não tenho criatividade para criar apelidos para serem usados na rede. Então, decidi.
Hamburger Concerto é o álbum de estúdio da banda holandesa de rock progressivo Focus, liderada pelo organista e flautista Thijs van Leer. Ao longo de sua trajetória, a banda teve várias formações. A do álbum em questão é formada, além de van Leer, o líder da banda, por Jan Akkerman (guitarra), Bert Ruiter (baixo) e Colin Allen (bateria).


Por sua vez, o rock progressivo é um gênero musical no qual são acrescentados ao rock arranjos e técnicas de música clássica, jazz, lírico e eletrônico, o que o subdivide em estilos como progressivo eletrônico, progressivo sinfônico e outros, tornando o teclado e não a guitarra seu instrumento símbolo. As produções são basicamente instrumentais, mas quando são acresentadas letras às músicas, abordam-se os mais variados temas, como ficção científica, literatura, história, religião, etc.
Essa brincadeira musical, que nos proporcionou grandes lendas da história do rock, como Rick Wakeman, Steve Howe, Peter Gabriel, Roger Waters, dentre outros, só foi possível graças aos efeitos osquestrados introduzidos pelos Beatles nas músicas do álbum Sargeant Peppers Lonely Hearts Club Band. Nunca é demais lembrar que a história do rock se divide antes e depois do Sgt Pepper. Ainda em relação às lendas do rock progressivo, faço questão de frisar que a carreira musical do Phil Collins começou como baterista no Genesis. Neste momento, enquanto elaboro a postagem, escuto o álbum da banda, Selling England by The Pound, de 1974, mesmo ano do Hamburger Concerto. Em The Musical Box, do álbum Nursery Crime, o Phil Collins simplesmente arrebenta, a bateria torna-se mais do que um simples instrumento de marcação de tempo. Delírio total!

Além do Genesis e do Focus, YES, Pink Floyd, Emerson Lake & Palmer, Camel, Gentle Giant, King Crimson, Jhettro Thull, Premiata Forneria Marconi, dentre outros, arquitetam uma constelação de grandes bandas deste gênero.

Não é necessário dizer que para conhecer mais sobre rock progressivo e inclusive informarem qualquer erro que tenha tido nesta postagem acerca do conhecimento sobre o gênero musical, basta uma busca no google. Entretanto, sugiro a visita à página www.progarchives.com. Está em inglês, mas tem muita coisa mesmo sobre o rock progressivo. Qualquer dificuldade é só acessar o tradutor do google e boa. Uma frase ou outra aparece sem sentido, mas aí é só deduzir e armazenar a informação na mente, o que é o mais importante.

Por fim, dedico este artigo a dois grandes amigos. O Helião, que me ensinou muita coisa sobre o rock progressivo e o Alexandre Almeida, que me deu aula de violão e me apresentou bandas que eu jamais imaginei que conheceria e que seriam tão maravilhosas! Valeu demais vocês dois!

Lucas Rafael Chianello, sempre ouvindo rock progressivo na reta oposta.

Um comentário:

Luciana Aun disse...

Belíssimo texto!!
Obrigada!

Luciana