terça-feira, 14 de setembro de 2010

Rasgando a fantasia

O Partido da Imprensa não consegue mais sequer dissimular a vontade de derrubar a candidatura de Dilma Rousseff. Depois da ex-ministra disparar nas pesquisas e se consolidar num patamar altíssimo que beira ou ultrapassa os 60% dos votos válidos, vale de tudo na tentativa de detê-la ou, ao menos, fazer que com um terceiro mandato petista se inicie sob a sombra do “mar de lama”.

Os principais veículos do Partido do Capital (mídia oligopolizada) foram fartos em denuncismo infundado nessa terça-feira, seja através de reportagens no mínimo caluniosas e levianas, seja através do suplicio para que a oposição farisaica capitaneada por José Serra encontre algo que ligue Dilma a qualquer coisa capaz de comprometer a pupila de Lula.

Por isso achei bem interessante o artigo de Janio de Freitas na Folha de São Paulo de hoje. No tal artigo está explicito o desejo – do Partido do Capital – de ver os tucanos retomando o poder ao preço que for preciso.

Quando o desespero bate à porta, a lucidez é a primeira desaparecer e rasgam-se as fantasias.

Os amigos de Dilma


Por Janio de Freitas na Folha de São Paulo, via Conteúdo Livre


Dilma Rousseff caminha, aos empurrões, para o inesperado. Quis ser candidata e talvez, com a ajuda de vontades celestiais e sobretudo da divindade planaltina, tornar-se presidente da República. Ao que os fatos sugerem, não é só o que o destino lhe promete.

O que se passa cabe em uma equação simples: ou os adversários de Dilma conseguem afinal comprometê-la com alguma prova, ao menos com algum indício inexplicável, ou Dilma chegará à eleição santificada por uma pureza jamais imaginada entre tantas bandalheiras nacionais.

O bombardeio incessante na base do "filho da sucessora" ou "filho do braço direito" que "teria feito", e da responsabilidade por quebra de sigilos na Receita, e até de alimentar "atentados à democracia" (como disse José Serra na semana passada), ficam como acusações só por acusar.

E o acúmulo dos seus insucessos compõe um atestado de idoneidade exemplar. Como efeito final, levam grande parte do eleitorado ao oposto do pretendido. O que já está captado em reportagens.

A José Serra e aos demais adversários ferrenhos de Dilma Rousseff só restam três semanas para conseguir que uma de suas novas ofensivas, ao menos uma, não se exponha como apelação nada dignificante para os autores.

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